Um escravo ajudou na criação do Jack Daniel`s

original_jack-daniels-uisque

Foto mostra americanos no Tennessee na produção do uísque. No centro da foto: Jack Daniel e, ao seu lado, um provável filho do ex-escravo Nearis Green.

 

 

A versão verdadeira sobre o processo de destilação do uísque Jack Daniel`s foi confirmada pela própria marca e desmonstra que Nearis Green, um escravo, desenvolveu o destilado, ao invés do pastor Dan Call, conforme se verificava na história que era difundida, quando ainda se omitia a participação afroamericana na criação do produto.

 

Um século e meio após a criação do tradicional uísque Jack Daniel`s, a empresa revisitou sua própria história e revelou uma injustiça que persistia desde o século XIX.

 

Na história contada até poucos dias atrás, era omitida a participação do escravo Nearis Green , eis que afirmava que Jack Daniel havia aprendido o processo de destilação ainda adolescente com seu amigo e pastor Dan Call, em 1.866. Todavia, na verdade, a participação de Nearis fora fundamental para a criação da bebida, pois ele havia sido o responsável por ensinar as técnicas de purificação do produto a Daniel. Com o intuito de esconder a participação de um afroamericano na história da bebida, o nome de Green fora substituído pelo de Call.

 

Fato inquestionável era que a participação de escravos na produção de uísques nas terras do Tio Sam era muito comum no Século XIX, mormente na região sul do país.

 

Exercendo trabalhos forçados, eles eram os responsáveis pelos serviços mais pesados, além das técnicas mais complicadas do processo.

 

O preconceito e a tentativa de impor a superioridade da raça  branca  apagaram essas  importantes participações.

 

Geralmente, um produto era criado ou aperfeiçoado por negros e os fazendeiros brancos acabavam por se apropriarem indevidamente do resultado.

 

A história verídica está sendo divulgada nas visitas guiadas dentro da destilaria da empresa, no estado norte-americano do Tennessee.

 

Amon ass