Não. Pelo menos não com as bebidas “normais” que a gente encontra por aí. Apesar de o álcool consumível ser do mesmo tipo do utilizado como combustível (o etanol), ele aparece numa concentração bem menor nas bebidas – o chamado teor alcoólico. No Brasil, o álcool vendido nos postos tem que ter pelo menos 92,6% de etanol. Nenhum goró vendido comercialmente no país chega nem perto dessa concentração. Com teores alcoólicos na faixa dos 40%, bebidas como pinga, vodca e uísque têm mais água do que etanol em sua fórmula. E é justamente esse excesso de água que impede a combustão das bebidas nos pistões do motor. Por isso, o carro nem dá partida. Somente alguns gorós muito especiais – e praticamente “imbebíveis” – seriam capazes de fazer um possante andar. Nos EUA, existe uma bebida, Everclear, com impressionantes 95% de teor alcoólico. E a destilaria escocesa Bruichladdich produziu um uísque especial com 90% de teor alcoólico. Aí o motor pode até aguentar, mas o fígado…

 

CARRO BATIZADO

Para rodar com pinga, veículo precisaria ter megatanque e destilador

– As bebidas têm teor alcoólico bem abaixo dos 92% do álcool do posto e renderiam pouco como combustível. Por isso, a primeira adaptação necessária para um carro rodar com pinga, por exemplo, seria ter um tanque 2,5 vezes maior.

– A bebida tem muita água, por isso ela não entraria facilmente em combustão no motor. A saída seria aumentar a concentração de álcool. Um destilador aqueceria a bebida até o etanol virar vapor, separando-se da água.

– A água e outras substâncias diluídas que sobrariam na base do destilador poderiam ser eliminadas por um sistema de canos, uma espécie de escapamento para líquidos. O problema é que o bebum-móvel andaria por aí molhando a rua… Já o vapor de etanol destilado precisaria ser resfriado em um condensador para voltar à forma líquida. Só aí, com o combustível condensado, é que ele poderia seguir para os pistões, que são o coração do motor de um carro. Fonte

 

Nota do Blog:

Isso me fez lembrar disso: