Ainda é muito comum vermos nas propagandas de cerveja, mulheres com corpos esculturais desfilando por praias, praças, ruas e bares. Mas, esse cenário parece que está com os dias contados.
Esse cenário pode ser visto, por exemplo, em uma campanha da skol na qual sugeriu-se que o fecho dos sutiãs contivessem o botão “eject”. A Itaipava, por sua vez, chegou a comparar os mililitros de latinhas da bebida aos do silicone de uma garçonete.
E, em consequência, protestos, principalmente feministas, passaram a ocorrer em prol de uma menor exploração da imagem sexual da mulher.
Certos ou errados, os protestos parecem, se não interferiram nessa realidade, foram a semente para uma mudança.
Fabio Baracho, diretor de uma das marcas mencionadas, chegou a afirmar para a Folha de São Paulo que:
“Temos muitos consumidores homens e tivemos comportamentos machistas e estereotipados mesmo“.
O diretor ainda complementa:
“A categoria de cerveja tinha comportamentos que não eram mais adequados para a sociedade.”
Baracho ainda reforça o papel social que as empresas possuem com a sociedade:
“O que falamos é importante, tÃnhamos a responsabilidade social de mudar o tom e dar um recado de uma nova era.“
Dona da Skol, a Ambev tornou-se signatária dos PrincÃpios de Empoderamento das Mulheres da ONU, e sua comunicação, através de HeloÃsa Joly explica:
” As companhias estão começando a pensar em questões de dentro para fora.”
E esse pensamento está mesmo aumentando, tanto que a gerente do grupo Petrópolis, Elaina Cassandre afirmou à folha:
“Há alguns anos, a indústria não se preocupava com a questão do gênero, mas com a diversão, e estava tudo OK“.
Depois acrescentou:
“Mas a sociedade mudou, e é natural que as marcas evoluam e também acompanhem essa mudança.”
A Skol, além de prescindir de mulheres exuberantes, agora atua de um modo mais isonômico, tanto que patrocinou a parada LGBT e lançou a campanha “Respeito is ON”, na qual mostra a quebra de paradigmas de orientação sexual, raça e idade.
Esse tipo de pensamento e atuação, fez com que a Verão, Aline Riscado, perdesse o posto de garota propaganda da Itaipava para o rapper Gabriel, o Pensador.
A publicitária Luise Bello, da consultoria de comunicação Think Eva, vê de forma positiva essa mudança, principalmente para os negócios, deixando claro que “as mulheres estão se fazendo ouvir de uma maneira muito forte hoje”.
Opinião: Primeiro explico que essa opinião não é necessariamente do Bebida Liberada, pois escrita pelo autor do post.
Ocorre que acho que o mundo está ficando MUITO chato. Esse movimento feminista, que originalmente tem suas razões, estão se perdendo pelo tempo e estão pregando um melindre à toa.
Claro que a exploração da imagem sexual da mulher, embora MUITO COMUM no paÃs, não é algo intocável, principalmente por ser controvertido, tanto que eu mesmo fiz um post para o Bebida Liberada elogiando a atuação de uma estrangeira, a qual deixara de explorar a imagem da mulher.
Ou seja, não sou contra a mudança, mas também não sou contra quem prefira manter esse tipo de propaganda.
Cerveja tem sua imagem ligada à momentos despojados, descontraÃdos, entre eles, a praia, o Verão, etc.
Concluindo, acho bacana a alteração das propagandas, mas desde que não se percam pelo caminho, adotando um “politicamente correto” infundado, burocrático e, o pior, CHATO.