Olá meus caros amigos leitores do Bebida Liberada, com a iniciação do Manual do Vinho aqui no BL, resolvi também escrever sobre as bebidas dos Vikings, tema diferente e, no mínimo curioso. Mas, como não pretendo mantê-los sempre na mesmice, me foquei na ideia de trazer tópicos variados para vocês. E hoje, é dia de falarmos um pouco das cachaças.
Nesse primeiro post, vamos mostrar um paradigma que, embora muito adotado, é equivocado.
A cachaça não é a mesma coisa de água ardente. Mas, será ela, sinônimo da pinga?
Aguardente é uma bebida proveniente do processo de fermentação de vegetais doces. Assim, temos que a cachaça é a aguardente proveniente da cana-de-açúcar. O que me faz lembrar das aulas de química (sim, química é vida e não apenas aquela matéria que você odeia). A aguardente é o gênero do qual a cachaça é espécie.
O nome teria tido sua origem no país, no século XVI, época dos grandes engenhos.
Segundo o Governo, aqui representado pelo Ministério da Agricultura, além do nome cachaça ser exclusivo da aguardente de cana-de-açúcar, a graduação alcoólica da bebida deve ser entre 38 a 48%m, a 20ºC.
E a pinga?
A pinga meus caros, segundo a literatura mais aceita, é o apelido dado pelos escravos, encarregados pela destilação, à cachaça, pois, enquanto ocorria esse processo, ao ferverem o caldo-de-cana, davam início à evaporação do líquido, o qual atingia o teto dos engenhos, condensando, de modo a “pingarem” sobre eles.
Assim, podemos dizer que a cachaça, também conhecida como pinga, é espécie do gênero aguardente, que nada mais é do que a bebida alcoólica produzida da fermentação de vegetais doces.