A nomenclatura dessa bebida decorre da palavra uisge, forma abreviada de uisge beatha, que significa “água da vida” termo cunhado pelos Céltas Bretões. Até o Século XVIII também era conhecido como usquebaugh ou aqua vitae.
A produção dessa bebida na Escócia tem origem em várias tradições introduzidas por São Patrício da Irlanda no século IV a.c. A sua destilação decorre de práticas indígenas nas terras altas.
No início, a produção do whisky estava ligada aos monastérios, que utilizavam licor produzido com ervas e especiarias para fins medicinais, daí a origem do nome aqua vitae.
Essa bebida é feita com ingredientes escoceses elementares, tais como: água e cevada. O que se quer dizer é que a Escócia tem fatores naturais que ajudam no sabor e na qualidade do whisky.
A importância da Escócia para o whisky é tamanha, que o país é o detentor exclusivo dessa nomenclatura, pois é o país que produziu e projetou a bebida mundialmente.
Há a reza de que, se você quiser provar o autêntico whisky escocês, deve pedir por um “Scotch”, se pleitear por whisky ou whiskey receberá algum derivado.
Superada essa breve introdução, podemos adentrar na divisão dos padrões de whisky escoceses:
1. Pure Malt
Com sabor forte, possui grande personalidade. O Pure Malt. Também denominado Vatted, é fabricado exclusivamente a partir da cevada maltada, porém não necessariamente da mesma destilação. Para se enquadrar nesse padrão, é necessário que o whisky tenha em sua composição até 4 single maltes.
Seu gosto pode ter uma variação, a ponto de, dependendo da região, poder ter sabor frutado, com tendência de frutas vermelhas.
Por ter um grau de pureza elevado, seu valor também é alto, sendo o tipo mais caro.
Exemplo de Whisky Pure Malt: Green Label da Johnnie Walker
2. Single Malt
Aproxima-se do Pure Malt, porém tem a diferença essencial de que em sua composição há um malte, de uma única destilação. É mais forte do que o Pure Malt, porém com a mesma faixa de preço.
Podemos mencionar como exemplo o GlenFiddich Single Malt 12 anos.
3. Blended
É o scotch mais consumido no mundo, mais suave que os demais, produzido pela mistura de single malts com whiskies de grãos (milho e arroz).
Normalmente são usados mais de 40 tipos de maltes para a produção de um blended. Se compararmos aos padrões mencionados, ele possui valores mais acessíveis, além de poder ser consumido puro, gelado, misturado com outros tipos de bebidas,e etc.
Possui tempo de maturação de no mínimo 8 anos. Todavia, há que se destacar que quanto mais tempo ele for envelhecido em barril de carvalho, mais encorpado será seu sabor.
Assim, um blended 12 anos já pode ser considerado de alta qualidade.
4. Grain Whisky
Produzido a partir de destilado de grãos, mormente milho, trigo e centeio. Seu processo de fabricação é mais simples do que os demais, a ponto de ser produzido em vários países. Nos EUA temos o Straight Whiskey, feito à base de milho, também conhecido como Bourbon Whiskey.
Quase sempre produzidos em barris de carvalho novos, diferentemente dos escoceses que são produzidos em barris usados anteriormente por vinho do porto, por exemplo.
No Canadá a mistura tem maior concentração de centeio, o que justifica o nome Whiskey Centeio.
Há ainda um classificação não oficial de destilados no mundo, a seguir iremos mencionar 4 tipos:
A. Scotch
Como mencionado acima, é um whisky genuinamente produzido na Escócia, e que domina praticamente o mercado mundial.
Dentre os scotches mais apreciados estão os do tipo blended, mais suaves e baratos, conforme também fora mencionado acima.
B. Bourbon Whiskey
Como dito acima, trata-se de um “Grain Whisky”, produzido nos EUA, feito à base de milho (60 a 80%).
Um fator que influencia no sabor é a água utilizada, que é muito calcária, diferente da escocesa que sofre influência da turfa dos pântanos dos lagos.
C. Tenessee Whiskey
Trata-se, igualmente, de um “Grain Whiskey”, produzido nos Estados Unidos, com pelo menos 51% de cereal na sua composição.
D. Irish Whiskey
Além da cevada maltada, utiliza cevada não maltada e alguns grãos em sua composição. Também não utiliza a turfa para o aquecimento da cevada, lançando mão do carvão que não influência no sabor do whiskey.
O exemplo da vez é o Jameson.