Uma pesquisa publicada no periódico cientifico Plos One, diz que o cantos dos pássaros muda significativamente após ingestão de álcool.
O estudo feito por cientistas da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon nos Estados Unidos, com pássaros da espécie mandarim, mostrou que quando os animais atingem uma concentração de 0,08% de álcool no sangue passam a cantar de forma mais calma, desorganizada e menos ritmada, semelhante ao que acontece com o ser humano, sob efeito do álcool.
O mandarin é uma espécie conhecida por aprender a cantar por meio de circuitos neuronais análogos aos usados pelos homens, quando começam a falar.
O objetivo da pesquisa é compreender de que maneira a linguagem humana é afetada pelo álcool, algo ainda não compreendido com clareza pela ciência.
Para a pesquisa, os cientistas misturaram álcool aos sucos dos pássaros, até que a concentração atingisse 0,08% no sangue dos animais, semelhante ao permitido a motoristas em alguns países, (no Brasil a taxa aceita é de 6 decigramas por litro de sangue). O canto dos pássaros foram gravados e perceberam que assim que o álcool era metabolizado, o canto se alterava.
“Os efeitos mais marcantes foram a diminuição da amplitude das notas musicais e aumento da entropia“, afirmam os pesquisadores.
As frases melódicas se tornaram mais tranquilas e caóticas, efeito parecido com a fala humana “enrolada” sob o efeito do álcool. No entanto, nem todas as partes da canção foram igualmente afetadas, sugerindo que a bebida afeta mais alguns circuitos ligados ao canto que outros.